"A maior decepção que podemos experimentar é a de quando morrermos descobrirmos que NUNCA vivemos". (Sociedade dos poetas mortos)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

QUEM CRIOU O MAL?


Hoje mais do que nunca o MAL se tornou tema e manchete na boca das pessoas, nos noticiários, programas de TV, rádios etc. Fala-se de pessoas más, males sociais, males do século e uma gama de outras coisas que as pessoas consideram como "corrompidas pelo mal". 


Porém, talvez você nunca tenha se perguntado: Quem criou o mal? Qual a sua origem? Afinal, tudo o que existe tem que ter sido criado por alguém, é lógico! Na filosofia é comum ouvir isso, NADA SURGE DO NADA! 

Quando nós, cristãos católicos, professamos a nossa fé através do CREDO afirmamos sem hesitar que CREMOS EM DEUS COMO CRIADOR DE TODAS AS COISAS EXISTENTES, ou seja, que tudo que EXISTE foi criado por Deus. E é aí que entra a grande confusão! Que na Filosofia chamamos de "O problema do mal". Problema esse que foi resolvido pelo filósofo cristão SANTO AGOSTINHO.

Vejamos, Santo Agostinho, ao se questionar sobre isso na Obra Confissões declara: O MAL NÃO EXISTE!!! POIS TUDO QUE EXISTE FOI CRIADO POR DEUS, E DEUS SENDO O SUMO BEM, DELE NÃO PODE PROVIR NADA QUE É MAL. O MAL É SIMPLESMENTE A AUSÊNCIA DO BEM.  Chocante, não acha!?  Mas, vamos entender melhor.

Santo Agostinho nos fala de três "males", o MAL FÍSICO, que é a doença; o MAL MORAL, que é o pecado; e o MAL ONTOLÓGICO (SUBSTÂNCIA) e é a esse último que ele atribui a não existência. Para ele o mal não existe enquanto substância ontológica, enquanto essência, pois se existisse assim, teria que ter sido criado por Deus. Então, o que o filósofo fez foi, na verdade, salvar a Deus de uma heresia que queria negar sua SUMA BENGNIDADE. 

Tentarei explicar melhor: Vamos comparar o mal ao escuro. O escuro existe? Não! Ele é a ausência da luz. Ou ao frio. Ele existe? Não. O frio é a ausência do calor. Portanto, podemos entender o mal como a ausência de Deus. 

Espero que tenha ficado claro! Para um melhor entendimento recomendo a leitura da Obra Confissões de Santo Agostinho. 

Qualquer dúvida é só colocar nos comentários.

João Paulo.



Um comentário:

  1. Muito bom o artigo! Mais não seria bom rever esses exemplos? Fiquei meio pensativo e na duvida! Gostei muito! Parabéns João Paulo!

    ResponderExcluir